Quando você ouve falar em suspense, o que pensa? E,
mais especificamente, numa trama policial? Aposto que a resposta foi algo relacionado a gênios dos
EUA que tem ao seu dispor modernos equipamentos digitais e desvendam casos mais
que mirabolantes. Mas... É assim mesmo que ocorre longe do mundo fictício?
Sinceramente, acho que não.
Mistérios com essas características são incríveis,
porém, sempre senti vontade de ler algo mais próximo do mundo ao qual estou
habituada e “Morte na Flip”, de Paulo Levy, atende a estes requisitos.
Se a conversa
se passasse num seriado de TV americano, bastava segurar o sujeito por alguns
minutos na linha para que a polícia rastreasse, através de um equipamento
moderníssimo e um cruzamento insano de dados via satélite, de onde vinha a
ligação. Bastava apertar um botão. Uma vez que Palmyra estava nitidamente
atrasada em termos de tecnologia policial, o jeito era fisgar o homem usando
uma boa lábia e, quem sabe, trazê-lo aos poucos para um papo cara a cara na
delegacia. Página: 135
A trama se desenrola de uma forma muito realista,
principalmente por estar inserida no cenário brasileiro. O delegado Joaquim Dornelas
não possui máquinas sensacionais que em poucos segundos conseguem rastrear e
desvendar praticamente sozinhas o mistério todo, mas é dotado de uma mente
impressionante, capaz de notar detalhes quase que imperceptíveis.
Os personagens coadjuvantes possuem uma participação
positiva na história, ler algo completamente isolado nunca tem graça, bom é
testemunhar atitudes e relacioná-las com o nosso cotidiano. E isso o autor
conseguiu fazer muito bem, trazendo para o livro personalidades tipicamente
brasileiras.
É interessante ressaltar também que quase não se percebe
o tempo decorrido, muita coisa acontece num mesmo dia. Com tantas informações,
pensamentos e suposições, imaginei que semanas já haviam passado, isto, claro, até Paulo Levy destacar a trama com um marcador temporal e me fazer perceber que todo
o desenrolar dos fatos ocorreu em pouquíssimo tempo.
Quanto ao final, foi interessante a recapitulação das
cenas e de cada pequeno detalhe, deixou a conclusão com muita clareza e de
fácil entendimento. Não posso deixar de comentar também sobre a capa, que é
muito curiosa, o desenho possui um significado bem metafórico.
Queria muito agradecer ainda à editora Bússola, que me
enviou este exemplar (Com dedicatória! *o*), proporcionando momentos de extrema
diversão e possibilitando que esta resenha pudesse vir a existir.
E vocês? Já leram “Morte na Flip”? O que acharam?
Comentem!
Também escolhi esse livro para resenhar e gostei muito e foi o primeiro livros que li do gênero!
ResponderExcluirbjs
Livros, a Janela da Imaginação
Sério?! Já li vários livros de suspense, mas "Morte na Flip" possui alguns diferenciais, sem dúvidas! =)
ResponderExcluirAwn, ótima resenha. Acho que já tenho um novo livro em minha lista.
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