Morte na Flip – Paulo Levy

sábado, 20 de julho de 2013



     Quando você ouve falar em suspense, o que pensa? E, mais especificamente, numa trama policial? Aposto que a resposta foi algo relacionado a gênios dos EUA que tem ao seu dispor modernos equipamentos digitais e desvendam casos mais que mirabolantes. Mas... É assim mesmo que ocorre longe do mundo fictício? Sinceramente, acho que não.

     Mistérios com essas características são incríveis, porém, sempre senti vontade de ler algo mais próximo do mundo ao qual estou habituada e “Morte na Flip”, de Paulo Levy, atende a estes requisitos.


Se a conversa se passasse num seriado de TV americano, bastava segurar o sujeito por alguns minutos na linha para que a polícia rastreasse, através de um equipamento moderníssimo e um cruzamento insano de dados via satélite, de onde vinha a ligação. Bastava apertar um botão. Uma vez que Palmyra estava nitidamente atrasada em termos de tecnologia policial, o jeito era fisgar o homem usando uma boa lábia e, quem sabe, trazê-lo aos poucos para um papo cara a cara na delegacia. Página: 135


     A trama se desenrola de uma forma muito realista, principalmente por estar inserida no cenário brasileiro. O delegado Joaquim Dornelas não possui máquinas sensacionais que em poucos segundos conseguem rastrear e desvendar praticamente sozinhas o mistério todo, mas é dotado de uma mente impressionante, capaz de notar detalhes quase que imperceptíveis.

     Os personagens coadjuvantes possuem uma participação positiva na história, ler algo completamente isolado nunca tem graça, bom é testemunhar atitudes e relacioná-las com o nosso cotidiano. E isso o autor conseguiu fazer muito bem, trazendo para o livro personalidades tipicamente brasileiras.

     É interessante ressaltar também que quase não se percebe o tempo decorrido, muita coisa acontece num mesmo dia. Com tantas informações, pensamentos e suposições, imaginei que semanas já haviam passado, isto, claro, até Paulo Levy destacar a trama com um marcador temporal e me fazer perceber que todo o desenrolar dos fatos ocorreu em pouquíssimo tempo.

     Quanto ao final, foi interessante a recapitulação das cenas e de cada pequeno detalhe, deixou a conclusão com muita clareza e de fácil entendimento. Não posso deixar de comentar também sobre a capa, que é muito curiosa, o desenho possui um significado bem metafórico.

     Queria muito agradecer ainda à editora Bússola, que me enviou este exemplar (Com dedicatória! *o*), proporcionando momentos de extrema diversão e possibilitando que esta resenha pudesse vir a existir.

     E vocês? Já leram “Morte na Flip”? O que acharam? Comentem!





3 comentários:

  1. Também escolhi esse livro para resenhar e gostei muito e foi o primeiro livros que li do gênero!
    bjs
    Livros, a Janela da Imaginação

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  2. Sério?! Já li vários livros de suspense, mas "Morte na Flip" possui alguns diferenciais, sem dúvidas! =)

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  3. Awn, ótima resenha. Acho que já tenho um novo livro em minha lista.

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